domingo, 21 de agosto de 2011




Quando me falaram de você, pensei...Mais uma vez. Toda aquela dor que me causou veio a tona, meu corpo doía, não conseguia mais, desfalecia.
Não pensava mais, apenas sentia. Queria sair dali, tudo me sufocava. Não consigo entender porque todos esses turbilhões de sentimentos insensatos, medrosos que prendiam meu corpo, meus sentimentos, minha razão...
Agora sei, preciso de um antídoto, me curar de você, curar meu corpo, minha mente e viver. Viver cada instante, só pra você saber que me curei de você, viver porque agora sei que não mais dependo, sou livre. Já não sinto mais dores...
Vieram me falar de você, pensei... Mais uma vez. Me curei, percebi e aprendi que "A vida é feita de escolhas... Uma grande combinação de momentos, os pequenos que 


acrescentamos aos grandes, criam quem você É".




                                  TALITA

Voice of Truth-Casting Crowns (Desafiando Gigantes


quarta-feira, 15 de junho de 2011

A ÁRVORE DOS MEUS AMIGOS







A ÁRVORE DOS MEUS AMIGOS


    Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso
caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos.

    Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.

    O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida.

    Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós.

    Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.

    Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...

    Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então e chamado de amigo namorado. Esse dá  brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

    Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.

    Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.

    O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. 
    Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.

    Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Hoje e Sempre... simplesmente porque: "Cada pessoa que passa  em nossa  vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.  Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso".

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A voz do Silêncio


A Voz Do Silêncio
Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
“Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!”
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem.
Marta Medeiros

domingo, 20 de março de 2011

Mulher solteira procura




Aos 18 anos, o escritor Caio Fernando Abreu escreveu o conto O Príncipe Sapo, que foi publicado na época pela revista Cláudia, e que hoje pode ser lido no seu Ovelhas Negras. É a história de uma mulher que tem 11 irmãs. Todas casam, menos ela. Em 1966, quando Caio escreveu est sensível parábola, o preconceito contra a solteirona era muito forte. Hoje, mais de 30 anos depois, também é.
Olhem bem para aquela garota sentada num bar, moderníssima. Ela quer casar. Mire nos olhos da balconista que acabou de atender você. Também quer. A aeromoça, idem. Sua prima, então, não vê a hora. Sim, elas são independentes, viajam, levam camisinha na bolsa, vão ao teatro, e lêem Camille Paglia. Mas querem casar, pomba!

Não adianta remar contra a maré. Desde que nascemos, fica combinado assim: cresça, estude e case. Depois faça o que bem entender da sua vida. Tudo te empurra para o altar, a começar pelos desenhos animados. Branca de Neve, Cinderela, até o Mogli encontra sua cara-metade. Festa de São João termina em casamento na roça. Desfile de moda termina com vestido de noiva. Novela termina diante do padre. O recado está dado: casou, cumpriu. Se vai ser feliz, são outros quinhentos.

Os homens também tem que seguir a mesma trajetória, mas a cobrança é menor. Não existe um relógio biológico apressando a paternidade e não há tanto preconceito se a solteirice estender-se um pouco além da conta. Símbolo de status, para os homens, é um carro importado, um terno feito sob medida e meia dúzia de cartões de crédito. Para as mulheres, nada disso parece valer grande coisa sem uma aliança no dedo.
Pois bem. Não casou aos 20, não casou aos 30, mas está a fim. O que fazer? Primeira providência: olhar-se no espelho demoradamente. O que você vê? Olhos castanhos, boca miúda, corpo razoável. Nenhuma obra-prima, mas nada que um batom e um decote não resolvam. Avaliação errada. O que os homens podem enxergar em você é um certo olhar de filhote abandonado, uma ansiedade à flor da pele, uma carência afetiva das boas. Olhe no espelho de novo. Por trás da maquiagem, pode haver uma mulher suplicando par que tomem conta dela. Cuidado, eles farejam no ar.

Solteirice indesejada rima com amargura, ironia, baixo astral. É assim que você quer arrasar corações? Homem nenhum quer responsabilizar-se por uma marmanja, ainda mais de mal com a vida. Assuma sua solidão, tire proveito dela, mostre ao mundo que você se basta, mesmo que não tenha certeza disso. Homens querem companheiras, não irmãs mais moças que necessitam de guarda-costas. Se você ficou solteira mais tempo do que desejava, comporte-se como casada, e terá todos os homens a seus pés.

Mulher casada não está nem aí para o estado civil dos outros homens. Mulher casada não avalia "partidos": para ela, todos os homens são interessantes. Mulher casada não fica aflita para que peçam seu número. Mulher casada está pouco ligando para o que os outros pensam a seu respeito. Enfim, a mulher casada é infinitamente mais livre do que a solteira, pois já cumpriu o papel que a sociedade exigiu dela - casou! - e agora tem o resto da vida para ser ela mesma. Ninguém pode ser mais autêntica.

Vamos brincr de manual de auto-ajuda. Em primeiro lugar, aparente ser muito ocupada, mesmo que passe todas as noites comendo doritos em frente à tevê. Mantenha correspondência com alguém misterioso, nem que seja seu irmão que mora em Itapecerica da Serra. Tenha alguns segredos e dê a entender que sua vida sexual deixaria Madonna escandalizada. Entre nos lugares já de olho no relógio, como se estivessem esperando você no outro lado da cidade. Demonstre ser absolutamente indisponível.
E volte correndo para casa: seu telefone já começou a tocar.

Martha Medeiros, Topless: 2009

domingo, 13 de março de 2011

Doidas e Santas


Doidas e Santas


Martha Medeiros, poeta, cronista, romancista, conquistou o Brasil com seus textos, publicados em jornais de repercussão nacional, sites e livros que se transformaram em best-sellers.
Doidas e Santas reúne cem crônicas que falam direto ao coração de suas leitoras e seus leitores. Nelas, Martha expõe os anseios de sua geração e de sua época, tornando-se uma das vozes mais importantes entre as recentemente surgidas no cenário nacional. As alegrias e as desilusões, os dramas e as delícias da vida adulta, as neuroses da vida urbana, o prazer que se esconde no dia-a-dia, o poder transformador do afeto, os mistérios da maternidade, enfim, o cotidiano de cada um de nós tornou-se o principal tema da autora. Como toda grande artista, ela consuma o sortilégio da literatura:
Traduzir e expressar o que vai na alma de sua enorme legião de admiradores.
Dona de uma sensibilidade incomum, Martha Medeiros tem para tudo um olhar, uma reflexão e uma reação fresca, nova, de alguém que pela primeira vez se depara com o inesperado, seja o assunto o Dia dos Namorados, a decisão de se começar a fumar, um sentimento de desconforto por qualquer coisa, uma paranóia que se imiscui sub-repticiamente ou um amor que acaba. Sempre terna e indignada, amantíssima da cultura contemporânea e dona de um imbatível senso de humor, em suas crônicas - assim como em sua poesia - Martha torna, para todos nós e com muita destreza, mais palatável o imponderável da vida.

terça-feira, 8 de março de 2011

Soneto do Orfeu




Soneto do Orfeu

São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado

Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música

Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:

Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.

Vinicius de Moraes

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fanatismo



Fanatismo
Minhálma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és se quer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio do Fim!..."
Florbela Espanca

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim

Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim

Rubem Braga



Conhece o vocábulo escardinchar? Qual o feminino de cupim? Qual o antônimo de póstumo? Como se chama o natural do Cairo?

O leitor que responder "não sei" a todas estas perguntas não passará provavelmente em nenhuma prova de Português de nenhum concurso oficial. Alias, se isso pode servir de algum consolo à sua ignorância, receberá um abraço de felicitações deste modesto cronista, seu semelhante e seu irmão.

Porque a verdade é que eu também não sei. Você dirá, meu caro professor de Português, que eu não deveria confessar isso; que é uma vergonha para mim, que vivo de escrever, não conhecer o meu instrumento de trabalho, que é a língua.

Concordo. Confesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam piano de ouvido. De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crônica anotado, apontando erros de Português. Um deles chegou a me passar um telegrama, felicitando-me porque não encontrara, na minha crônica daquele dia, um só erro de Português; acrescentava que eu produzira uma "página de bom vernáculo, exemplar". Tive vontade de responder: "Mera coincidência" — mas não o fiz para não entristecer o homem.

Espero que uma velhice tranqüila - no hospital ou na cadeia, com seus longos ócios — me permita um dia estudar com toda calma a nossa língua, e me penitenciar dos abusos que tenho praticado contra a sua pulcritude. (Sabem qual o superlativo de pulcro? Isto eu sei por acaso: pulquérrimo! Mas não é desanimador saber uma coisa dessas? Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela dama: a senhora é pulquérrima? Eu poderia me queixar se o seu marido me descesse a mão?).

Alguém já me escreveu também — que eu sou um escoteiro ao contrário. "Cada dia você parece que tem de praticar a sua má ação — contra a língua". Mas acho que isso é exagero.

Como também é exagero saber o que quer dizer escardinchar. Já estou mais perto dos cinqüenta que dos quarenta; vivo de meu trabalho quase sempre honrado, gozo de boa saúde e estou até gordo demais, pensando em meter um regime no organismo — e nunca soube o que fosse escardinchar. Espero que nunca, na minha vida, tenha escardinchado ninguém; se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.

Vários problemas e algumas mulheres já me tiraram o sono, mas não o feminino de cupim. Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego-me terminantemente a saber, e, se o senhor é um desses cavalheiros que sabem qual é o feminino de cupim, tenha a bondade de não me cumprimentar.

Por que exigir essas coisas dos candidatos aos nossos cargos públicos? Por que fazer do estudo da língua portuguesa uma série de alçapões e adivinhas, como essas histórias que uma pessoa conta para "pegar" as outras? O habitante do Cairo pode ser cairense, cairei, caireta, cairota ou cairiri — e a única utilidade de saber qual a palavra certa será para decifrar um problema de palavras cruzadas. Vocês não acham que nossos funcionários públicos já gastam uma parte excessiva do expediente matando palavras cruzadas da "Última Hora" ou lendo o horóscopo e as histórias em quadrinhos de "O Globo?".

No fundo o que esse tipo de gramático deseja é tornar a língua portuguesa odiosa; não alguma coisa através da qual as pessoas se entendam, mas um instrumento de suplício e de opressão que ele, gramático, aplica sobre nós, os ignaros.

Mas a mim é que não me escardincham assim, sem mais nem menos: não sou fêmea de cupim nem antônimo do póstumo nenhum; e sou cachoeirense, de Cachoeiro, honradamente — de Cachoeiro de Itapemirim!

Rio, novembro, 1951


Texto extraído do livro "Ai de Ti, Copacabana", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 197.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

7º Concurso cultural



Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso

Objetivo: Promover a reflexão e a escrita sobre os cuidados pela vida, tendo como base a leitura literária e premiar os melhores autores, valorizando-os por meio da publicação de um livro coletivo.
Quem Participa: Alunos e professores de escolas públicas do ensino fundamental I e II, ensino médio e EJA; educadores sociais e profissionais de biblioteca de todo o país.

10 vencedores em cada categoria

Regulamento e material de referência disponiveis no site:
www.ecofuturo.org.br/concursocultural a partir do inicio de Fevereiro de 20011
Inscrições de 01/03/20011 a 30/06/2011

Eu cuido, você cuida, nós cuidamos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O anel



O Anel

Quanto você vale?

- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor, sem olhá-lo, disse:

- Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois.

E fazendo uma pausa, falou:

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.

- C...claro, professor, gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque
tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação e seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse, meu jovem, contestou sorridente o mestre. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou-o com uma lupa, pesou-o e disse:

- Diga ao seu professor, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

O jovem, surpreso, exclamou:

- 58 MOEDAS DE OURO!!!

- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu.

- Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:

- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor???

E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.

- Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.

(Autor desconhecido

Cinema

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sorriso



Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.
Charles Chaplin
VIVA A VIDA!!!!!

O PODER DA DOÇURA

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo.


Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta.

A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:

"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.

Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."

Quando você estiver sendo apedrejado por calúnias, lembre-se que a resposta mais dura é aquela que vem cheia de doçura... O mal só é vencido pelo bem, e a personalidade, o caráter de cada pessoa é esculpida por gestos de humildade...


Autor desconhecido

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Primavera...


Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
Florbela Espanca

Meu eterno namorado

Meu Eterno Namorado

Aline Barros

Composição: Aline Barros
 
Não há nada que você me faça
Pra que eu te ame mais
Não há nada que você me diga
Pra que eu te esqueça
Você é a maior prova do carinho e do cuidado,
Desse Deus que te fez pra ser só meu
Depois de sonhar com teu sorriso,
Eu acordei e vi
O teu nome estava bem guardado
E protegido em Deus pra mim
Você é o sonho mais real
Que Deus me fez viver
Gerações futuras vão saber
Sobre mim e você
As muitas águas não podem apagar
O nosso amor
Nem os rios afogá-lo
Onde você estiver é só chamar
Que eu também vou, meu amor
Meu eterno namorado
Depois de sonhar com teu sorriso
Eu acordei e vi
O teu nome estava bem guardado
E protegido em Deus pra mim
Você é o sonho mais real
Que Deus me fez viver
Gerações futuras vão saber
Sobre mim e você
As muitas águas não podem apagar
O nosso amor
Nem os rios afogá-lo
Onde você estiver é só chamar
Que eu também vou, meu amor
Meu eterno namorado
Corri na tua direção
Na direção do teu sorriso
Nos teus braços
Pro teu coração
Pros teus sonhos
Pra tua visão
As muitas águas não podem apagar
O nosso amor
Nem os rios afogá-lo
Onde você estiver é só chamar
Que eu também vou, meu amor
Meu eterno namorado
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Escrever, Humildade, Técnica




Essa incapacidade de atingir, de entender, é que faz com que eu, por instinto de... de quê? procure um modo de falar que me leve mais depressa ao entendimento. Esse modo, esse "estilo" (!), já foi chamado de várias coisas, mas não do que realmente e apenas é: uma procura humilde. Nunca tive um só problema de expressão, meu problema é muito mais grave: é o de concepção. Quando falo em "humildade" refiro-me à humildade no sentido cristão (como ideal a poder ser alcançado ou não); refiro-me à humildade que vem da plena consciência de se ser realmente incapaz. E refiro-me à humildade como técnica. Virgem Maria, até eu mesma me assustei com minha falta de pudor; mas é que não é. Humildade com técnica é o seguinte: só se aproximando com humildade da coisa é que ela não escapa totalmente. Descobri este tipo de humildade, o que não deixa de ser uma forma engraçada de orgulho. Orgulho não é pecado, pelo menos não grave: orgulho é coisa infantil em que se cai como se cai em gulodice. Só que orgulho tem a enorme desvantagem de ser um erro grave, com todo o atraso que erro dá à vida, faz perder muito tempo.

Clarice Lispector (do livro "A Descoberta do Mundo")

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Encontro de Educadores

Prefeitura Municipal de Juazeiro/BA realizou um Encontro de Educadores promovendo a reflexão e motiva profissionais da rede.
http://www.juazeiro.ba.gov.br/?pag=noticias&id=4988

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fernando Pessoa



Fernando Pessoa

Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."

sábado, 29 de janeiro de 2011

A Vida



"A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente".
Florbela Espanca

A arte... A poesia

Pode nos faltar as palavras, mas a poesia sempre existirá...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Meu olhar...Seu olhar

O OLHAR


O olhar é muito mais do que função fisiológica, É uma linguagem forte. É um universo carregado de sentido. É condensação do mistério do homem. Relata o destino de muita gente. Provoca alterações decisivas na vida.

Mesmo o olhar indiferente suscita reações contraditórias. O olhar é, em grande parte, a morada do homem. O universo do olhar é vasto e misterioso. Olhar habitação que acolhe o próximo que passava desabrigado. Olhar rejeição que distancia o gesto de diálogo. Olhar atração que cativa e envolve o semelhante. Olhar envenenado que espalha ameaça.

Olhar inocente que semeia simplicidade pela face da terra. Olhar malicioso que planta a semente da maldade no corpo dos homens. Olhar indiscreto que revela as intimidades humanas. Olhar sigiloso que arquiva quadros dolorosos e cenas humilhantes. Olhar atento que não desperdiça o menor sinal de boa vontade.

Olhar displicente que esquece a presença do outro. Olhar compreensivo que apaga os rastos dos erros. Olhar intolerante que espreita o deslize da fraqueza. Olhar generoso de Cristo que abraça toda Jerusalém. Olhar mesquinho do fariseu que cata e filtra migalhas.

Olhar pastoral de Cristo que recupera Pedro hesitante. Olhar encolerizado que fulmina o parceiro. Olhar apelo que suplica compaixão e ajuda. Olhar intransigência que cobra a última gota de sofrimento. 'Olhar amor que unifica os que se querem. Olhar ódio que esfaqueia os que se detestam.

Olhar história que vive a evolução das construções, o fluxo das gerações, o movimento dos estilos. Olhar documentação que registra as clareiras dos horizontes, a floração dos campos, o sangue dos acidentes, o desesperado precipitando-se do edifício, o último aceno de quem está se afogando.

Olhar de ansiedade que fica na estrada acompanhando aquele que parte. Olhar de esperança que não sai da estrada, aguardando a volta do filho pródigo. Olhar do recém-nascido que anuncia a chegada de uma existência. Olhar do agonizante que procura perpetuar sua presença entre os que ficam. Olhar evangélico que anuncia o reino de Deus. Olhar céptico que recusa os sinais da esperança.

Olhar consciente que ativa a reflexão humana. Olhar coisificado que manipula os homens como objetos. Olhar libertador que retira o irmão do cativeiro moral. Olhar argentário que industrializa até os sentimentos humanos. Olhar decidido que busca a realização pessoal.

Olhar evasivo que evita o encontro com a realidade. Olhar pacifico que reconcilia as vidas separadas. Olhar reticente que fragmenta a confiança. Olhar de perdão que põe de pé a quem estava caído.

Olhar de rancor que jura vingança impiedosa. Olhar feroz do perseguidor, do tirano, do opressor. Olhar encolhido, amedrontado do perseguido. Mas, que grandeza nesse olhar acuado! A última resistência do homem esmagado se refugia no olhar oprimido.

Diz Levinas que o arbitrário enxerga a sua vergonha nos olhos de sua vítima. Por isso, o agressor procura destruir, eliminar o oprimido. Pois não suporta o olhar que o acusa, que o julga, que o condena.

Mas, o Olhar que a arbitrariedade apaga na vida do oprimido, reacende-se na consciência do tirano como verme roedor. O olhar é também linguagem de Deus.

Copiado por JCSJr. Do livro "ESTRADEIRO" de Juvenal Arduini - Edições Paulinas.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Voar...


Palavras, as palavras
nos faz ir além, muito além
nos faz voar, nos faz viajar.
Alçamos vôos altos, que só nos faz sentir
o vento na cara,
Não é um vento qualquer, é o vento
da liberdade, da conquista, do vôo alçado...
Que senção indescritível é saber Voar...
Autora: Talita Ramos (A poesia)

Um Beijo

Um Beijo
que tivesse um blue.
Isto é
imitasse feliz a delicadeza, a sua,
assim como um tropeço
que mergulha surdamente
no reino expresso
do prazer.
Espio sem um ai
as evoluções do teu confronto
à minha sombra
desde a escolha
debruçada no menu;
um peixe grelhado
um namorado
uma água
sem gás
de decolagem:
leitor embevecido
talvez ensurdecido
"ao sucesso"
diria meu censor
"à escuta"
diria meu amor

Ana Cristina César

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Conselho de um velho apaixonado


O corpo de um Poema


"olho muito tempo o corpo de um poema"

Ana Cristina Cesar



olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Minhas fotos – Fotos do mural (1)

Minhas fotos – Fotos do mural (1): "– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"
A beleza das flores de mãos dadas com a poesia e a fragilidade das suas pétalas em harmonia com a força das palavras.
Encantar alguém, é tranformá-lo em outro ser, por artes mágicas!!!